- Você é um cara de pau!
- Sem dúvida. Mas quem está falando?
- Você é muito cafajeste mesmo. Tem a pachorra de me perguntar quem eu sou.
- Ok, olá pessoa estranha com voz esganiçada…
- Larga de ser grosso. Eu sei que você anotou meu telefone.
- E?
- E sei que meu nome apareceu aí.
- Sim, boneca. Mas veja bem, eu não sei que Joyce é você.
- Ah, pára. Como se conhecesse muitas Joyces.
- 7.
- Hein?
- 7. Conheço 7 Joyces.
- Jura? Nossa, nunca conheci nenhuma além de mim.
- Você vê, boneca? É um mundo louco.
- Não foge do assunto! E para de me chamar de boneca.
- Ok.
- Por que você não me ligou?
- Querida, eu não sei nem quem é você. Me dá uma ajuda que te respondo.
- Sou eu. Joyce. De ontem.
- Ontem, ontem….
- Salesbar. Nos conhecemos no Salesbar.
- Ahhhh… to lembrando. Loira, conversamos perto do banheiro.
- Morena. Pista.
- Ah, tá. Essa Joyce.
- Você conheceu outra Joyce ontem?
- É possível. Mas lembro de você sim. Tinha um sapato engraçado.
- Por que você não me ligou?
- Hummm, esqueci algo com você?
- Não.
- Então por que ligaria?
- Oras, porque é de bom tom.
- Jura?
- Ah, vai dizer que não sabe que uma mulher espera que o homem liga depois…depois…que ficamos mais íntimos.
- Querida, nós ficamos íntimos atrás da caixa de som, apoiados em um engradado de cerveja.
- E daí?
- E daí que achei que tínhamos esquecido o bom tom por lá.
- Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
- Pô, não sabia. Na próxima te ligo.
- Próxima vez? O que te faz acreditar que haverá uma próxima vez?
- Ah, sei lá. Gostei de você.
- É?
- Sim, você é a Joyce mais bonita que já conheci.
- Melhor que as outras 6?
- De longe.
- Brigada.
- Que vai fazer hoje boneca?
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