sábado, 27 de outubro de 2012

Rapidinha...

– Jô.
– Fala Deco.
– A gente precisa conversar.
– Tá, deixa só acabar esse bloco e a gente conversa.
– Jô… é sério.
– Eu sei – olha lá a Ritinha vai acabar com a madrasta da Cleide… olha lá.
– Você entende que eu quero conversar e você não quer a devida importância, né?
– Sei, sei, até parece que do dia pra noite ficou sentimental. Essa é a minha função – olha lá o tapa que ela deu! – quem fica emotivo nesse casal aqui sou eu! Pára com isso, Deco. Depois eu te deixo em paz pra você assistir o “raio” do jogo.
– Mas que fique registrado que eu tentei.
– Tá Deco, não atrapalha – ah lá o Jorge Vagner com a Betty! essa não presta mesmo…
– Jô… se a gente não conversar, como vai ser mais pra frente? Dá só um minutinho…
– Deco, no próximo bloco, pô! Óh o barulho, não dá pra ouvir nada.
– Jô… o gato subiu no telhado.
– Ah, que nada! eu dei motivo? você deu motivo? – mas que cafajeste esse Marcos Paulo – A gente tá super bem, não inventa Deco.
– Jô, eu tô tentando te falar faz um tempinho…
– Calma, calma – ah lá… que sem vergonha “essazinha”!
– Jô…
– Pô Deco, pára de falar. Eu fico falando quando você está assistindo jogo? Não! então pronto. Poxa, já falei que quando terminar esse bloco a gente conversa, sabe… fica aí falando sem parar, não dá nem pra ouvir direito… e esse monte de sirene aí fora, pô. Manda esses caras apitarem pra lá…

Os bombeiros não puderam fazer nada, já era tarde para o pobre gatinho.