O casal se separou. E tudo em virtude do tal Ciúme.
Quero que atire a primeira ou a última, vai saber, pedra quem nunca manteve/mantém um flerte no MSN; quem nunca entrou num bate papo para uma cantada no meio da madrugada; quem, já completamente bêbado, não pega o celular e começa a ligar pra tudo o que é ex-ficante para um papo picante no final da noite; quem nunca gosta de manter um esquema para massagear o ego. Duvido que exista essa qualidade de gente.
Duvido, aposto e, com plena certeza, ganho.
O mundo é canalha. E junto com a canalhice, vem esse tal de Ciúme atravancar tudo e todos.
Se o Ciúme não existisse, tudo seria muito melhor compreendido. Imaginem Maria G., após olhar as mensagens no celular do Diguinho o que ela faria:
- Ô meu amor...
- Pô, tô vendo o jogo agora.
- Verdade, já volto. Quer uma cerveja?
Olha a compreensão, gente! Viram a diferença? O mundo seria MUITO melhor, mais harmonioso.
Quarenta e cinco minutos depois ela voltaria.
- Agora podemos conversar?
- Claro. Só traga o cinzeiro pra mim, benzinho.
Que carinho... que carinho...
Cinzeiro, cerveja e o celular na mão, ela começa:
- Meu bebê, qual a razão dessas mensagens?
- Ô meu amorzinho, desculpa por não ter te falado. Não é nada de mais. É só uma amiga virtual.
- Não, tudo bem, isso eu entendi. Não falo disso.
- Fala do quê?
- Do horário. Duas da manhã não é muito tarde?
- Ela dorme tarde. Não liga pra isso não.
- Ainda bem que não. O Jorjão não me manda mais nesse horário, porque ele sabe que acordo estressada.
- Ele ainda te liga e manda mensagem?
- Às vezes... às vezes...
- Tá bom. Só isso?
- Só. Vamos à pizzaria?
- Hoje não. Vou na casa do Magrão jogar pôker. E você?
- Ah, sairei com a Lucélia.
- Qualquer coisa liga.
Olha a paz, a suavidade imperando.
Por isso que, agora serei eu quem entrará com uma ação contra o Ciúme. E ele terá que ser deportado ou se reportar a nós, homens lúcidos (!).
E é bom que isso aconteça logo ou, muito em breve, perderemos todas nossas mulheres para esse cidadão.
Há ciúme crônico?
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