sexta-feira, 14 de agosto de 2009

De casamentos e etc.

Pra variar eu já devo ter comentado a respeito disso anteriormente, mas como o mundo gira e a Lusitana roda, não me importo muito. Tenho ultimamente freqüentado muitos casamentos. Muitos. Mesmo. Não sei se é sinal dos tempos, se é apenas uma fase, se é a época ou se é a economia que está numa boa. Ou mesmo se eu possuo amigos e amigas demais que estão nessa de casório.

Mas o fato é que nos últimos dois anos, tenho comparecido em praticamente um casamento por mês.

Neste ano, vejam só, estamos no meio de agosto e já fui em nove (!) casamentos. O que está me dando uma média de um por mês. O que rendeu a decoreba de boa parte da Epístola de São Paulo aos Coríntios. Um clássico.

E para um solteirão inveterado como eu, essa leva de casamentos têm sido muito interessante, a despeito do que pensa a maioria. E a maioria pensa que para mim deve ser difícil, que eu deva sentir vontade de estar lá no lugar do noivo, essas coisas. Mas nada disso acontece. Gosto de casamentos, mas só os dos outros.

Freqüentar tantos casamentos me permitiu elaborar algumas estatísticas interessantes, como por exemplo, em 97% dos casamentos que fui nos últimos dois anos tocou Perhaps Love. O que para mim é fantástico, uma vez que adoro essa música.

Em 63% deles as crianças que entram trazendo as alianças fizeram alguma besteira, o que levou a 100% dos convidados a rirem dos pobrezinhos.

Em apenas 7% dos casamentos, a noiva chegou à cerimônia numa limousine, o que é um alívio. Limousines hoje em dia são extremamente cafonas. Se forem brancas então, é um atentado à ordem pública.

Em 71% dos casos, os padres ou pastores ou algo que o valha, disseram em sua pregação algum tipo de besteira, como lembrar aos noivos toda a parte ruim e difícil de um matrimônio. Aquela não é a hora de dizer coisas assim.

Em 15% dos casórios os padres/pastores/coisas do tipo disseram coisas legais, como “a beleza de um acordar com o bafo abençoado do outro” ou poéticas como “entender o que significa os seus ternos estarem ao lado dos vestidos dela”. Os mais atentos à matemática do negócio irão perceber que houve um hiato de 14% nas minhas estatísticas. Esses 14% são relativos às vezes quando o padre/pastor/coisa do tipo não disse absolutamente nada além dos textos-padrão. São os casos que o sujeito está com pressa de ir embora ou não quer atrasar o próximo casamento no dito estabelecimento religioso.

Em 100% dos casamentos algum imbecil disse “meus pêsames” para o noivo.
Também em 100% dos casos alguma invejosa colocou defeito no vestido da noiva.

Em nenhum casamento dessa pilha que fui nos últimos dois anos o noivo desistiu na última hora ou a noiva não apareceu. 0%. Vou começar a torcer para isso acontecer nos próximos que eu for.

Estão ficando todos muito iguais.

Um comentário:

Unknown disse...

Nossa! Amei seu texto,vc ganhou uma expectadora ativa viu! Tbm tinha um blog,amava escrever lá,mas ultimamente faltava inspiraçao sabe?
Bjus,boa noite!