sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Como dizer não?

Nesse joguinho que os homens jogam com as mulheres todos os dias, as regras mudam todos os dias. Movimentos que um dia foram impensáveis se tornam procedimento padrão, tacadas de gênio se transformam em aquecimento. Não é a toa que o jogo é tão complicado, decorar um imenso manual de instruções em transformação permanente não é fácil.
Uma das regras relativamente novas, está relacionada ao primeiro movimento. Antes, como no xadrez, onde as peças brancas sempre começam, era dos homens a responsabilidade de iniciar o jogo oficialmente, por mais que de certa maneira os “adversários” já estivessem se estudando através de posições, olhares e leves contatos. O homem, da maneira que lhe fosse mais conveniente, fazia o primeiro contato, e daí pra frente começava a partida.
Numa analogia besta, em que um sim significava vitória e o não derrota, o homem era especializado apenas na técnica de ouvir a resposta, cabia a mulher falar. Positiva ou negativa, homens ao redor do mundo aprenderam (melhor ou pior) a decifrar o veredicto de suas pretendidas, enquanto as meninas se viravam para arranjar desculpas quando queriam encerrar a partida.
Pois bem, voltando as regras novas, hoje a história de que o homem sempre dá o primeiro movimento é passado. Ambos os lados estão livres para iniciar o jogo ou esperar pelo movimento do adversário. Vai da preferência, humor ou clima de cada um. Meninas mais atiradas não precisam mais esperar garotos tímidos, podem fazer “a parte deles” e viabilizar algo que nem depois de cem anos aconteceria. Os homens por outro lado podem brincar de ser desejados, fazer charme e provocar a mulher até que ela faça alguma coisa.
Não sou contra mudanças que deixem o jogo mais interessante, porém até nos adaptarmos às novas regras, as partidas podem ficar um tanto turbulentas. Com a mudança, homens estão aprendendo a dizer e mulheres a escutar, e por muitas vezes percebemos que estamos longe de dominar essas novas técnicas. Foi duro o suficiente aprender a lidar com os “nãos”, mas conseguimos. Agora temos que aprender a dizer, e se tem uma coisa para que não fomos programados, foi para recusar mulher.
O caso aqui não tem nada a ver com querermos pegar todas, e sim por termos vivido por anos batalhando por “sims” e de repente temos a oportunidade de decidirmos nós mesmos. Como se controlássemos a resposta das mulheres. O reflexo é o “sim”. Se vencemos nossos reflexos (ou seja, estamos sóbrios o suficiente), ficamos sem jeito em como dizer o “não”. Não queremos ser rudes, grossos, metidos, apenas queremos mostrar que não estamos interessados, mas nem sempre a mensagem é bem recebida. Afinal, as mulheres também ainda estão aprendendo a ouvir. Assim como nosso reflexo é dizer sim, o delas é de acreditar que ainda mandam na situação.
Como isso se resolverá eu não sei, mas entendo muito mais as mulheres hoje em dia, e prometo fazer tudo que for possível para salvá-las de homens inconvenientes, que se recusam a aceitar que o jogo acabou, impedindo qualquer outra partida mais interessante.

Um comentário:

Anônimo disse...

E as mulheres que se apega ao homem,sonhacomelepensa nelee tal,mais quer dizer que não rola mais,mais pq não consegue,e no fim elaacaba ganhando o tal do "Não da mais".???? eu quero consegui dizer não;