domingo, 12 de fevereiro de 2012

Como encarar a dor?

Estava eu navegando pela internet, quando me deparei com um post sobre dor. Mais especificamente sobre um estudo que indica que olhar para a fonte da dor pode reduzir a sensação dela.

O estudo trata obviamente de dores físicas, mas a primeira coisa que pensei foi: "E pra dor psicológica?".

Bem, ainda que seja muito bonito falar que devemos encarar a dor, reconhecer e enfrentar seja lá o que/quem esteja causando, não consigo acreditar que seja verdadeiramente a melhor opção. Ao menos não sempre.

Acredito sim que problemas devem ser encarados, sempre, e qualquer que seja. Mas problemas são diferentes de dores. Afinal, se você quebrou um braço (problema), mesmo o engessando (solução) não se livra da dor (errr...dor). A dor é consequência de um problema que é a causa.

Eu sou um tanto masoquista. Quando estou com torcicolo fico forçando o pescoço no sentido em que está o problema. Não sei porque, acho que vai ajudar. Então me exponho muitas vezes a dor achando que um tratamento de choque pode resolver seja lá o que for. Ou resolve ou me mata logo de uma vez.

Não funciona. Certos problemas se alimentam de atenção. Com atenção ganham relevância e com relevância já viu né? Assim, entendo que certas dores devem ser enterradas, sepultadas e se posssível, esquartejadas para que fique impossível de ser rastreada. Se precisar tomar analgésico, anestésico, seja o que for, que seja. O que importa é deixar essa dor escondida, sufocada, pra que aos poucos morra sem ar, asfixiada pela falta de atenção.

A pesquisa indica que em vez de virar o rosto ao sentir dor, é melhor encará-la. Tudo bem, a próxima vez que bater meu dedinho contra uma quina farei isso, mas quando derem com uma marreta no meu coração vou fingir que não é comigo.

PS: Happy Valentine's Day nessa segunda! Rs...